Ferramentas não faltam para o combate às mudanças climáticas

FERRAMENTAS E CONHECIMENTO NÃO FALTAM

“Estamos numa encruzilhada. As decisões que tomarmos agora podem garantir um futuro habitável”, alertou o presidente do IPCC, Hoesung Lee, em nota à comunicação social. O professor de Economia das Alterações Climáticas, Energia e Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Seul (Coreia do Sul), que está à frente do IPCC desde 2015 reforça que “temos as ferramentas e o know-how necessários para limitar o aquecimento global”. Agora falta acelerar a ação.

A encorajar esta ideia estão os bons exemplos seguidos por vários países. Pelo menos 18 têm mantido reduções sustentadas de emissões de gases de efeito de estufa, como o CO2 e o metano, entre outros, nos últimos 10 anos.

A existência de novas leis e regulamentos que apostam na eficiência energética, na aceleração das energias renováveis e na redução da desflorestação, são apresentadas como positivas. Alargar esta via e estimular a inovação são formas efetivas de reduzir emissões, indica o IPCC.

De acordo com o último relatório, as emissões de gases de efeito de estufa com origem na atividade humana têm crescido em todos os sectores – dos transportes à indústria, passando pela agricultura e pelos edifícios. E apesar de uma ligeira redução das emissões nos sectores dos combustíveis fósseis e nos processos industriais, não compensam os aumentos verificados nos sectores da indústria, energia, transportes, edifícios e agricultura.

“Com as decisões políticas certas, com as tecnologias e infraestruturas necessárias a funcionar e com mudanças no nosso comportamento e estilo de vida podemos reduzir as emissões em 40% a 70% até 2050 e ainda melhorar a nossa saúde”, argumenta Priyadarshi Shukla, especialista indiano em energia e modelação ambiental e co-presidente do Grupo III do IPCC.

 

Fonte: Expresso

segunda-feira, 04 abril 2022 22:51